Um aneurisma é geralmente definido como uma dilatação focal e persistente no diâmetro de uma artéria de 1,5 quando comparado com outros seguimentos das artérias. Há diversos tipos de aneurismas, sacular, fusiforme, pequenos aneurismas. A doença ateroscleróstica obstrutiva (íntima); é doença da média e da túnica adventícia; já o aneurisma dilata todas as camadas.
Local mais comum dos aneurismas: artéria aorta abdominal (infrarrenal); dos aneurismas periféricos: artéria poplítea.
Cerca de 10% dos aneurismas abdominais sentidos durante a palpação profunda do abdome, massa pulsátil. Cerca de 70% são assintomático. Os mais comuns são infrarrenais.
Fatores de risco:
Não modificáveis (sexo masculino, história familiar e idade)
Modificáveis (fumo, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade, raça branca e doença aterosclerótica pré-existente).
Prevenção
– Não fumar,
– Controlar a pressão arterial
– Ter uma alimentação saudável, à base de vegetais, frutas, fibras e carnes magras,
– Praticar exercícios físicos regularmente,
-Não ingerir bebidas alcoólicas em excesso.
COMPLICAÇÕES AAA (aneurisma aorta abdominal ):
Aneurisma de artéria poplítea: é o aneurisma periférico mais comum e está em uma região que “dobra”, por isso emboliza bastante – microembolizações. A amputação nesse tipo de aneurisma é muito alta.
Coração por fibrilação atrial, aneurisma ventricular, infarto agudo anterior extenso com formação de trombo mural, endocardite infecciosa, cardiomiopatia dilatada e mixoma atrial.
AAA ROTO: Dor lombar, Tumor pulsátil e Expansível, Sinais de Choque Hemorrágico.
O reparo eletivo do aneurisma da aorta abdominal (AAA) é o tratamento mais eficaz para evitar rupturas. No entanto, a cirurgia aórtica eletiva está associada a riscos e, portanto, o reparo eletivo do AAA não é recomendado até que o risco de ruptura exceda os riscos associados ao reparo (risco anestésico, riscos relacionados à técnica).
Para pacientes assintomáticos, estudos randomizados comparando observação com reparo aberto ou endovascular do AAA descobriram que o risco de ruptura do AAA geralmente não excede o risco associado ao reparo eletivo do AAA até que o diâmetro do aneurisma ultrapasse 5,5 cm, mas devem ser acompanhados com exames de imagens a cada 6 meses para atualizações.
Expansão rápida – o reparo anterior pode beneficiar pacientes com expansão rápida de aneurisma bem documentada (> 5 mm em seis meses ou 10 mm por ano. Morfologia do aneurisma – o AAA sacular se torna mais sintomático em comparação com o fusiforme do mesmo tamanho, mas não há evidências claras de que o sacular represente um risco especial exigindo reparo, independentemente do tamanho.
Quando possível, deve-se preferir o tratamento endovascular por ser menos agressivo e apresentar menor mortalidade pós-operatória que a cirurgia aberta em curto e médios prazos, principalmente.
Dr. Felipe Zoppas – Cirurgião Vascular | RQE 18305
Dr. Herton Lopes – Cirurgião Vascular | RQE 15286
Dr. Roberto Heck – Cirurgião Vascular | RQE 35545
Dr. Vinícius Lain – Cirurgião Vascular | RQE 20132/20232
Referências:
Insuficiência renal(mesmo na cirurgia endovascular por causa do contraste)
Complicações a evitar : Endoleaks, fadiga da endoprótese, perfuração arterial, ruptura do aneurismas, insuficiência renal e isquemia intestinal.
1. MJ, Sutton AJ, PR de Bell, RD de Sayers. Uma metanálise de 50 anos de reparo de aneurisma da aorta abdominal rompido. Br J Surg 2002; 89: 714.
2. Chaikof EL, Dalman RL, Eskandari MK, et al. A Sociedade de Cirurgia Vascular pratica diretrizes sobre o cuidado de pacientes com aneurisma da aorta abdominal. J Vasc Surg 2018; 67: 2.