Impressões 3D já são uma realidade e conforme o mercado adere a esse conceito novas finalidades surgem para atender às dores dos usuários. Por esse viés, poder produzir um produto sob medida e quase que instantaneamente é um fator que pode ser de vida ou morte quando nos voltamos para uma área em especial: a medicina. Nos últimos anos, avanços e aplicações surgiram revolucionando ainda mais essa área. Ao longo desse texto debateremos alguns desses avanços:
• Próteses:
Os avanços já permitem o desenvolvimento de próteses sob medida e de baixo custo, ajudando, assim, pessoas com deformidades de nascença ou que sofreram acidentes. Com base nos exames de imagem, é possível determinar precisamente as metragens para que fique ideal ao usuário.
• Educação médica:
A impressão de órgãos complexos e outra partes do corpo humano para estudo da anatomia é um avanço que pode auxiliar escolas médicas que não tem acesso a cadáveres humanos, por custo do processo ou pela falta de doações para estudo. A impressão baseia-se em modelos de tomografia computadoriza.
• Pesquisa:
A evolução das impressoras 3D resultou na capacidade de imprimir modelos celulares que podem ser usados para testes de toxicidade, ajudando no desenvolvimento de tratamentos para tumores e outras doenças.
• Planejamento cirúrgico
A realização de uma cirurgia complexa requer alto grau de habilidade, expertise e capacidade de decisão por parte do cirurgião. Um estudo recente usou uma impressora 3D para um modelo de coração com defeitos congênitos, onde cirurgiões pudera praticar a operação que realizariam em seguida.
• Impressão de medicamentos
A Food and Drugs Administration(FDA), agência reguladora norte-americana, aprovou em 2015 a comercialização do primeiro medicamento por impressoras 3D. Em 2018, a Universidade de Glasgow, na Escócia, desenvolveu um sistema de impressão 3D e análise química de medicamentos que promete baratear os custos destes. Nela, foram produzidas durante os testes amostras de baclofeno, um relaxante muscular, que se mostrou com efeito idêntico ao fármaco tradicional.
• Impressão de pele
Indústrias de cosméticos já usam modelos sintéticos de pele para testar reações alérgicas. Com a evolução das impressões 3D espera-se que num futuro próximo esses modelos de pele impressos sejam usados para transplantes, evitando a necessidade de usar enxertos do corpo do próprio paciente ou de algum banco de pele.
As impressões 3D já se mostram promissoras para a área médica e nos próximos anos, com a evolução deste mercado, elas tendem a tornarem-se baratas e acessíveis.
Dr. Felipe Zoppas – Cirurgião Vascular | RQE 18305
Dr. Herton Lopes – Cirurgião Vascular | RQE 15286
Dr. Roberto Heck – Cirurgião Vascular | RQE 35545
Dr. Vinícius Lain – Cirurgião Vascular | RQE 20132/20232
Bibliografia
Paul G.M., Rezaienia A. Medical Applications for 3D Printing: Recent Developments. Missouri Medicine. 2018
