Pesquisar
Close this search box.

Reestenose Intra-Stent

Prédio com placa em frente

Reestenose Intra-Stent

A colocação de stents dentro dos vasos sanguíneos tem como objetivo principal manter o fluxo normal para os órgãos e tecidos. Dessa forma, a necessidade do uso desse dispositivo, na maioria das vezes, está relacionada com o estreitamento do vaso devido às placas de aterosclerose (gordura) que surgem na parede da artéria. O menor calibre do vaso faz com que menos sangue passe por essa região, prejudicando os tecidos que dependem do fluxo sanguíneo.

É neste cenário que os stents são úteis. Funcionando como uma mola, eles “esmagam” as placas de gordura contra a parede da artéria e restabelecem o fluxo. Porém, em alguns casos, após a colocação do dispositivo, ocorre novamente a obstrução do vaso no mesmo local aonde foi posto o stent. Esse efeito é explicado por dois mecanismos:

1)Neoaterosclerose (nova placa de gordura):

Durante a colocação cirúrgica do sntent, ao dilata-lo, a estrutura metálica acaba lesando a parede interna do vaso sanguíneo, chamada de endotélio ou íntima. Essa lesão microvascular permite que as moléculas de “gordura ruim” (LDL) que circulam pelo sangue entrem na parede do vaso e se acumulem, formando novamente uma placa de gordura (neoaterosclerose). Além de se acumularem, essas moléculas lipídicas ativam o sistema imunológico, desencadeando uma inflamação local do vaso sanguíneo.

2) Hiperplasia Neointimal (crescimento da parede interna da artéria):

Pelo mesmo mecanismo citado antes, as microlesões causadas pela estrutura metálica do stent sobre a íntima (parede interna do vaso), estimulam uma resposta inflamatória de proteção. Mas, dependendo do grau dessa resposta, as células da parede intimal podem crescer de forma exagerada, prejudicando o fluxo sanguíneo.

Com o objetivo de tentar impedir a recorrência da obstrução do vaso após a colocação do stent (reestenose intra-stent), existe a possibilidade do uso de fármacos que visam diminuir a resposta inflamatória e, consequentemente, impedir a nova obstrução. São os chamados stents farmacológicos.

Dr. Felipe Zoppas – Cirurgião Vascular | RQE 18305
Dr. Herton Lopes – Cirurgião Vascular | RQE 15286
Dr. Roberto Heck – Cirurgião Vascular | RQE 35545
Dr. Vinícius Lain – Cirurgião Vascular | RQE 20132/20232

Bibliografia

1. Jukema, J. W., Verschuren, J. J. W., Ahmed, T. A. N., & Quax, P. H. A. (2011). Restenosis after PCI. Part 1: pathophysiology and risk factors. Nature Reviews Cardiology, 9(1), 53–62. doi:10.1038/nrcardio.2011.132

2. Weintraub, W. S. (2007). The Pathophysiology and Burden of Restenosis. The American Journal of Cardiology, 100(5), S3–S9.doi:10.1016/j.amjcard.2007.06.002

3. Koskinas, K. C., Chatzizisis, Y. S., Antoniadis, A. P., & Giannoglou, G. D. (2012). Role of Endothelial Shear Stress in Stent Restenosis and Thrombosis. Journal of the American College of Cardiology, 59(15), 1337–1349. doi:10.1016/j.jacc.2011.10.903

4. LaDisa, J. F., Olson, L. E., Molthen, R. C., Hettrick, D. A., Pratt, P. F., Hardel, M. D., … Pagel, P. S. (2005). Alterations in wall shear stress predict sites of neointimal hyperplasia after stent implantation in rabbit iliac arteries. American Journal of Physiology-Heart and Circulatory Physiology, 288(5), H2465–H2475.doi:10.1152/ajpheart.01107.2004

COMPARTILHE!

Sobre o blog

A Clínica Vena é especializada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de patologias vasculares, como varizes, aneurismas, feridas, úlceras e pé diabético.

Categorias

siga-nOS

A Clínica Vena é especializada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de patologias vasculares, como varizes, aneurismas, feridas, úlceras e pé diabético.

siga-nOS

POSTS RECENTES