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Técnica para tratamento de Aneurisma de Aorta reduz mortalidade perioperatória

Aneurisma de aorta

Técnica para tratamento de Aneurisma de Aorta reduz mortalidade perioperatória

Um aneurisma pode ser definido como uma dilatação persistente na parede da artéria. Os aneurismas podem ser caracterizados por morfologia, tamanho, localização e etiologia, e ainda como rotos e não rotos.[1]

O diâmetro máximo normal da aorta abdominal é de 2,0 cm. A dilatação da aorta abdominal quando atinge um diâmetro 50% maior do que o esperado, ou 3,0 cm nos adultos, é chamada de aneurisma. Aneurismas de aorta abdominal (AAA) são encontrados incidentalmente com frequência, sobretudo na população idosa, sendo responsáveis por 90 a 95% de todos os casos de aneurismas de aorta. Estima-se que a prevalência dos AAA é de 2% na população com faixa etária de 60 anos, e em cerca de 5% após os 70 anos, sendo 2 a 3 vezes mais comum no sexo masculino.

O principal risco relacionado aos aneurismas é a ruptura, evento com alta letalidade. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde entre novembro de 2014 e novembro de 2015 foram registradas 8.939 internações hospitalares relacionadas com AAA. A maioria (57,7%) dos procedimentos foi eletiva, sendo observada alta mortalidade no grupo cirúrgico em relação ao grupo com tratamento endovascular.

Portadores de AAA devem ser aconselhados a cessar o hábito de fumar e encorajados a procurar tratamento apropriado para hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus e outros fatores de risco cardiovasculares.[2]

O tratamento endovascular do AAA (Endovascular Abdominal Aortic Aneurysm Repair – EVAR) é a forma preferida de tratamento para o AAA porque é menos invasiva do que a cirurgia aberta. O tratamento endovascular usa uma endoprótese para reforçar a parede da aorta e para ajudar a impedir que a área lesionada se rompa. O procedimento consiste na punção da artéria femoral em região inguinal, acesso ao aneurisma através de um fio guia e liberação da endoprótese no interior da aorta, no local do aneurisma [2]

O tratamento endovascular dos aneurismas da aorta abdominal tem revolucionado o tratamento dessa afecção, em decorrência das baixas taxas de morbidade e mortalidade. Apesar dos avanços tecnológicos ocorridos nas endopróteses, ainda existem limitações anatômicas para o emprego da técnica.

O tratamento cirúrgico tem sido por muitos anos a opção terapêutica de escolha para pacientes portadores de aneurisma da aorta abdominal.Desde a introdução da técnica de correção endovascular por Parodi et al., em 1991, com o objetivo de diminuir a morbidade e a mortalidade intra e pós-operatórias, os materiais utilizados para esse tratamento têm apresentado constantes aperfeiçoamentos, melhorando os resultados a médio e longo prazos.

Atualmente, o reparo endovascular é a melhor opção a qualquer paciente, desde que a anatomia seja favorável para tal. Apesar do notável progresso tecnológico, a endoprótese ideal ainda não foi obtida, persistindo limitações técnicas do procedimento percutâneo que são inerentes à variação da anatomia local, impedindo a adequada exclusão do aneurisma. [3]

Dr. Felipe Zoppas – Cirurgião Vascular | RQE 18305
Dr. Herton Lopes – Cirurgião Vascular | RQE 15286
Dr. Roberto Heck – Cirurgião Vascular | RQE 35545
Dr. Vinícius Lain – Cirurgião Vascular | RQE 20132/20232

Referências:

[1] LYRA, André, Tratamento endovascular de aneurismas intracranianos com stent diversores de fluxo, 2019. Disponível em: <https://pebmed.com.br/tratamento-endovascular-de-aneurismas-intracranianos-com-stent-diversores-de-fluxo/>. Acesso em 30/07/2020

[2]Diretriz Brasileira para o tratamento do Aneurisma de Aorta Abdominal, 2017. Disponível em: <http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2017/Relatorio_Diretriz_AneurismaAortaAbdominal_final.pdf>

[3] METZGERPatrick Bastos; NOVERO, Eduardo Rafael; ROSSI, Fabio Henrique; MOREIRA, Samuel Martins; BARBATO, Heraldo Antônio; IZUKAWA, Nilo Mitsuru; DE MARCO, Vanessa Luciene Abreu; CANO, Manoel Nicolas; KAMBARA, Antonio Massamitsu, Tratamento endovascular dos aneurismas da aorta abdominal com anatomia complexa: resultados preliminares com a segunda geração de endoprótese com arcabouço metálico circular, 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2179-83972012000100014&script=sci_arttext>

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A Clínica Vena é especializada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de patologias vasculares, como varizes, aneurismas, feridas, úlceras e pé diabético.

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